de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

3.8.11

é uma sensação doce-amarga, como o glukupikros de safo. escrevo-apago. fico feliz por ter escrito, por tar aparando as arestas das primeiras 10... 9... 10... 9... páginas da dissertação, mas depois me repreendo, tenho que apagar, imagino só a banca recebendo isso, não pode ser... "é achar elefante na moita". aí fico triste por apagar... umas linhas a menos do que estava crescendo. a couple of lines shorter of thought.

é bom ver a produção internética de pessoas mais jovens que eu (que considero quase minhas alunas, porque estavam no CPII quando eu estagiava lá. elas já tavam formadas, mas eu digo que foram meus alunos, mesmo que a turma que eu acompanhava todo dia não fosse minha): http://luhaze.tumblr.com/page/64, esse orgulho-hipster que os mais-velhos olham com desprezo e eu acho engraçadinho... porque pra alguém aquilo deve valar a pena... deve compensar ser hipster, senão não tava na moda (depois dos emos). é um tapinha nas costas de "você tem muito a aprender" - de que já fui vítima. É só a gente se aproximar do quarto-de-século que começa a se achar o dono da verdade, que horror. Mas fora as milhares de imagens de Harry Potter - que aí não é pra mim mesmo - e coisas de gente novinha, acho algumas fotos muito boas.

O tumblr, como diz um amigo meu, descobriu essa vocação couch potato da sociedade, que já não é ativa com nada, não dá nem pra ficar pulando de hiperlink em hiperlink. No blog de imagens, você só fica lá, rolando a tela pra baixo, apertando "next", "next", "next" e babando... Eu não entendia muito bem, até agora, como é que funcionava - qual era a graça do - tumblr, aí agora sei. É como muita gente que não "pega"o it do twitter. Pros de fora não tem graça nenhuma, mesmo. Eu mesma já deletei duas vezes o meu. Mas com o tumblr é diferente, você não precisa ter um - o que eu acho libertador, da parte das redes sociais -, é só se identificar com a estética visual do blogueiro. E o legal é que o blogueiro nem precisa fazer nada, né, maior parte é antropofagicamente colado mesmo.

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