meu deus, estou tão cansada. maranhão moeu minhas letras.
estou aqui desde que acordei pra digitar um fragmento de nietzsche sobre a percepção das cores pelo povo grego antigo. a tarefa é hercúlea, é interrompida, torço para "ouvir o poema todo, e não só um fragmento", como também espera a sophia.
penso a todo tempo num poema que sophia dedica a pessoa quando aporta nas terras gregas, transporto isso para o estado do maranhão. penso que o destino da sophia "deveria ter passado nesse porto/ onde tudo é impessoal e livre/ onde tudo é divino/ como convém ao real". nos lençóis maranhenses pensei mesmo ser a primeira presença inicial e limpa, num ambiente sem interferência do homem, sem sinal nenhum de habitação. como se fosse outro planeta, inabitado, ou habitado só por areias, céu, águas, enormes.
dedico, agora, o poema de sophia a ela mesma. penso que ela me ouve, como a presença de um deus animista, peço para que me ouça e lá esteja, no vento que levanta as areias. de modo que, provavelmente, na morte ela se consubstanciou ao universo, se uniu totalmente a esse mistério natural dos elementos, justamente como ela precisava que fosse.
ave, sophia.
2 comentários:
acho que este é o meu post preferido daqui
:D brigada! é uma honra ouvir isso... mas esse post em cima deste é pra você...
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