de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

28.1.12

vai ser engraçado

porque não tem um dia que eu saia e não pense que possa encontrar você na rua. mas na maior parte das vezes isso pareceria impossível - porque ela não vem presses cantos, nem eu vou pros dela -, mas hoje eu pensei que poderia encontrar, como tantas outras vezes, e tive a certeza de que você pensou também. chacoalhei o pensamento pra fora - porque, você sabe, esse tipo de quimera faz a coisa realmente acontecer: já tive muita prova disso.


quando uns meses antes de te conhecer, queria encontrar aquele meu amigo, sonhava com ele virando a esquina enquanto eu chegava ao campus, e aí nos demos aquele abraço desajeitado, mas definitivamente cheio de carinho, enquanto eu ia e ele vinha.

dessa vez, no sinal fechado, restou como que um minuto para que eu pensasse no que fazer: 1) ignorar 2) cair com as compras todas no chão, como no conto amor, e ter uma epifania 3) sorrir triste.

eu me aproximava e ainda parecia que você não tinha me visto, talvez fosse uma técnica, até que você diz "oi, tudo bem?", e o amigo do lado parece saber de toda a história, enquanto eu sem olhar alcanço a sua mão, só pra você entender que eu te vi mesmo e não tava querendo fugir da situação e chego ao portão tremendo.

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