de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

16.6.12

efêmero x eterno

hoje passei o dia como samuca. dormi até as 5 e os planos foram desmarcados (mas não estou chateada, porque o sono está eterno).

no meio do meu sonho daqueles de sofá, em que a diadorim se enrola no meu pescoço e cabelo e começa a ronronar, se misturando com a música que tá tocando, começaram a vir na minha cabeça uns versos de tulipa com uma pequena alteração "vou dormir mais um pouquinho/ para ver se acontece alguma coisa nessa tarde de domingo". e não era isso que tava tocando no rádio antes, mas cat power. só que o bip recorrente da mensagem de texto tocava em outro quarto e eu tinha que ir atender.

tulipa ruiz apareceu pra mim pela primeira vez por meio de daniel, um menino que - mal sabendo falar - canta uma versão cativante do hit efêderas:

depois procurei o original, achei bonitinho, mas não me encantoooooooou, assim. achei que fosse um daqueles lances com selo PUC de qualidade, uma daquelas vozezinhas com tudo no lugar, que aparecem aos montes por aí. não sei se já tinha "banda mais bonita da cidade", mas seria, no meu juízo, algo próximo daquela "estética da fofura" que tanto me assusta.

meses depois eu gostei mesmo foi do revival que ela deu no "da maior importância", uma letra caetânica que caía como uma luva no meu "pequeno momento puro de amor" e que eu nunca conseguiria cantar.

da terceira vez, não vi mais nada: foi no show, ao vivão, e eu descobri que ela é pirada, e faz umas loucuras com a voz, além de se divertir muito no palco. foi aí que ela me venceu. conversando com o público, ela diz que a menina que chegou às 20h no local viajou um pouquinho na maionese; a versão de "da maior importância" leva uns 10 minutos com direito a término com ela rolando no chão; o pai dela, que faz a guitarra do show, tem uma cara de pai roqueirão professor da escola do rock, decadente, que se diverte com os jovens. um prato cheio.

falando em prato, da primeira vez, agora, que eu ouvi o disco dela inteiro foi fazendo um arroz. o arroz era assim, daqueles cheio das sementes e variedades fíbricas. muito bem, botei cenoura, pimentão vermelho, abobrinha, espinafre - que fui à feira cedo pra comprar - e linhaça. nessa ordem. depois entrei em pânico que faltava botar o espinafre mas a água tinha secado. taquei um vinho branco, daqueles que usam em risotos metidos. botei mais água, ficou aguado, aumentei o fogo - grande potencial de dar merda. eu já tinha pensado nisso enquanto tava mexendo: acho que quando vocês forem fazer em casa, pode abrir mão de um ou dois ingredientes. eu, por exemplo, nem ia botar a cenoura, mas vi só um pedacinho na geladeira, achei que ia estragar, então já era. 

para beber, fiz uma mistura de tudo quanto é mandinga que falam que é bom pra tosse (menos xarope): maçã, gengibre e mel.

tempo de preparo: 2 tulipas ruizes

3 comentários:

Maurilio disse...

1) eu sempre morrerei de fofura com as descrições que você faz de Diadorim, que de tão frequentes já chamo inconscientemente de Didi, mesmo que eu ache um abuso de intimidade;
2) eu gosto das letras, da melodia, de como ela arrasta as letras da letra... mas não sou fã do tom de voz dela e acho ela tão "pura" que não me chama muito a atenção, my bad;
3)eu SABIA ela era lokona no palco, sabia! não tinha como não ser, pelo jeito e entrevistas que eu li, mas nunca fui num show, entao não tinha como saber;
3.5) gostei do lance do pai dela;
4) esse arroz tem um grande potencial de ser gostoso, mesmo abobrinha ser algo que não goste, mas você não disse se ficou bom;
5) melhorou da tosse? febre já cedeu, não? mandinga funcionou?

fernanda disse...

R 4) ficou bom!

5) melhorei, mas não curou ainda. todo mundo aqui em casa ficou doente.

1) pode chamar de didi!

Samuca disse...

(Ia comentar sobre o post, mas)

Esse nome 'Maurilio' é muito legal.