de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

14.8.12

amontoar tudo isso num só peito de homem… sem que ele estale.

enquanto escrevo isso, estou com um termômetro debaixo do braço porque me senti meio febril. ultimamente tem acontecido isso, acho que é uma mistura de irregularidade de hora pra comer com cansaço e com psicossomatizações a respeito de trabalho viagem etc. mas não vou me automedicar. tudo é perigoso.

mais um filme conseguiu aquela façanha. só 05 obras cinematográficas me fizeram chorar até hoje. são eles, em ordem cronológica: 01) o rei leão; 02) dançando no escuro; 03) as horas; 04) sinédoque nova iorque; 05) precious. e à exceção do 01 isso sempre me acomete no fim dos filmes, sendo que em precious foi o último letreiro que me desencadeou as lágrimas. "to all precious girls out there": hoje estou numa síndrome de empatia com o mundo sofredor e com ódio supremo do mundo opressor que está me deixando um pouco doente. ou será tudo o mais?

foi um daqueles dias em que tive que fazer força pra acreditar nas coisas bonitas do mundo - fiquei no ônibus tentando lembrar de versos que me confirmavam isso, porque de resto não estava fácil. na pesquisa do meu cérebro, que não exigiu google, veio: "as coisas findas/ muito mais do que lindas,/ essas ficarão".

também veio "posso, sem armas, revoltar-me?", mas aí vêm perguntas de segunda-guerra-mundial que ficaram sempre sem resposta e que, a cada vez que pergunto, sofro bullying, ou qualquer nome atroz desse que nunca dará conta das minhas dores.

as diferentes cores dos homens
as diferentes dores dos homens

só falo mais uma coisa, e tenho clareza em falar, porque acho que o dito cujo não vai se incomodar. meu amigo samuca está precisando pensar naquele título de obras do caetano: o mundo não é chato. não sei mais o que falar, porque (meu coração não sabe) são coisas irresolvíveis ao botão de "compartilhar". e isso não me dá ódio ao uso que se faz desse botão. acho que o combate à ignorância tem muitas faces.

(estou com 38 graus)

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