de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

13.2.13

se me perguntarem o que é a minha pátria direi: não sei.

sonhei com uma amiga minha por quem desenvolvi uma pequena crush e já passou. ela estava preocupada com o quanto eu bebia, queria que eu aceitasse deus, porque aceitando deus ninguém bebe tanto assim. respondi a ela num bilhete meio à caneta rosa meio a lápis que se estou viajando não é pra marcar bobeira, e além disso eu não abria mão da cachaça e do meu porto.

fui acordada pelo gongo do interfone, e pra piorar não ouvi ninguém do outro lado. quando é assim costuma ser o cara que entope a nossa caixa do correio de propagandas. eles costumam dizer, assim, na cara-de-pau: "é a publicidade", até que algum vizinho surdo ou compassivo ou sem noção abra. abri. espero que meus vizinhos não se chateiem.

se me perguntarem do que sinto falta, se é do carnaval, do verão, do açaí, é nada disso: é de poder pôr um chinelo pra ir à padaria. sou capaz de morrer de inanição, mas vestir camadas pra ir do outro lado da rua e pegar fila é muito injusto.

2 comentários:

Samuca disse...

Sabe o que é a sua pátria? É ter uma pequena crush no cara que faz os sanduíches do Subway da esquina e, por isso, todo dia pôr um chinelo para jantar a promoção do dia só para ouvi-lo perguntando: "Qual é o pão?", "E o recheio?", "Queijo cheddar, prato ou suíço?", "esquenta?".

Isso porque, infelizmente, o resto do sanduíche "alface, tomate, cebola?", "Picles, azeitona e pimentão?" e "Qual é o molho?" é feito por outras pessoas. ¬¬

fernanda disse...

eu tive uma pequena crush no vendedor de pizza em coimbra. como a hora era aquela e eu não tinha previsão de voltar lá, o felipe falou com ele por mim. descobrimos que ele tinha namorada!

mas a divisão industrial do trabalho é mesmo foda... :P