de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

9.11.13

penso no que fazer com a penca de poemas que através dos tempos escrevi pra você.
nas duas ou três vezes isoladas em que estivemos juntas.
era
   uma transa
uma lembrança
uma semana com poemas-justificativas
uma lista de livros recomendados por você
que eu nunca consegui ler.

vasculho os arquivos cadernos links
atrás dessa reunião das datas esparsas
em que nunca sempre você era minha

não consigo juntar nada  deixo assim
porque fomos fragmentariamente
unidas, afim de não quebrar a imaginária
linha

que você mantinha
entre a gente
- ou era eu que a tinha?

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