de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

10.2.15

mentiras

sonhei que a adriana calcanhotto tinha desistido do segundo t do seu nome e a sua identidade visual tinha um t no singular em cinza, meio pra diferenciar das outras letras, que eram azuis. não sei que conexão isso tinha com o sonho inteiro, mas a verdade é que acordei com "mentiras" na cabeça.



foi mais ou menos nessa época que eu lembro de ter ido a um show da adriana calcanhotto (na realidade com dois tt) e achei impecável. ela foi também das primeiras que eu vi usarem aqueles violões vazados, com só a estrutura - era um must há (pasmem) 14 anos.

não diga-lhe que pensei isso, mas essa morte da susana tem acordado muito as letras dela no sentido da perda - pra ver se você volta pra mim. não sei que peso será pra ela cantar isso ou meu amor me deixou/ levou minha identidade/ não sei mais bem onde estou/ nem onde a realidade ou mesmo é nessa hora/ que o homem chora/ a dor é forte demais pra mim/ me dê motivo/ foi jogo sujo/ e agora eu fujo pra não sofrer. a verdade é que ela precisa cantar. está cotada pra estar em lisboa, na gulbenkian, nesse mês ou no próximo, não lembro. (enquanto isso ela escreve fevereiro)

em 2001 eu vi ao vivo várias cantoras de tinha começado a gostar, a adriana, a ana carolina, a cássia eller, a gal. era o começo da identidade sapatão. a ana carolina eu joguei fora. mas quem me fez gostar dela foi uma amiga que é hoje atriz (e hétero). era tudo mise-en-scène, portanto, mentiras.

o lugar em que a adriana cantaria em lisboa seria na fundação calouste gulbenkian. é um dos meus auditórios preferidos, num dos prédios de museu preferidos, dentro de um jardim (no qual me perco 100% das vezes) preferido, num bairro muito bacana. semana passada vi lá um concerto de violino de sibelius, compositor de que nunca tinha ouvido falar antes de assistir a mozart in the jungle. se você não tem namorada musicista, pelo menos vale a pena ver a bundinha do gael.



2 comentários:

Unknown disse...

Nanda, fiquei sinceramente sentido por ela. coisa que dá até uma pontada, quando penso. Li o texto dela, fevereiro. Fiquei super-interpretando...

fernanda disse...

eu também, rafa!