de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

14.7.11

you cringe at the thought of living under the same...

minha namorada hoje me disse assim: "tenta não me ligar hoje...". ao que ri, eu acho tudo engraçado. é que a gente acaba se atrapalhando mutuamente, nessa fusão entre sadia e perdigão.

(por que disse duas marcas de SALSICHA?)

descobri esses dias que o "u" de "bent 4 u" in: feast on scraps não se refere a um só corno, mas a todos os homens com que a alanis se enganchou. de modo que, sendo segunda pessoa do plural (vocês, e não você), não reflete um único padrão de comportamento dela com um indivíduo, mas todos os motivos pelos quais ela fica de 4 for them, e pelos quais fica chata ("i don't get clingy much"), e pelos quais se submete às vontades deles, se anulando sempre. tentando "se transformar para combinar com eles". e descobri também que essa música tem algo a ver com "moratorium", é um preâmbulo com anos de distância para aquela frase: "i declare a moratorium on things-relationship".



esse negócio de desejo é muito complicado, essa vontade de se fundir com o outro é no fundo uma imaturidade. talvez o movimento seja mesmo pra sair de um ninho dos pais, no qual passamos por situações inéditas: de dentro da barriga da mãe para o mundo externo - já está aí uma grande separação; depois passar a um estágio onde são os provedores que te alimentam, que te dão teto; depois casamos pra dentro de uma relação amorosa na qual um depende do outro pra sobreviver (fisicamente). e não pensem que eu acho isso péssimo - é simplesmente desejo de se perpetuar e de continuar existindo e comendo. it's a cycle, really...

Um comentário:

jovem broto disse...

talvez seja só imaturidade, mas eu não sei fazer de outro jeito porque não sei sentir de outro jeito. cacete, como eu não tinha ouvido essa música antes?