de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

6.6.15

rascunho III, nunca terminado

e eu que reclamava tanto, que estava tão infeliz por não estar onde era suposto que eu estivesse (que que lugar era esse?), acabo vendo que afinal estou feliz. mais feliz do que nunca? não vamos exagerar. talvez fosse preciso deambular sozinha pela cidade, o que me faltava: retomá-la. sempre me senti dona de lisboa, mas a falta de dinheiro fez com que ela me engolisse, me marcasse com ferrete como estrangeira. porque não trabalho fora, nunca quis realmente que isso mudasse, então estou presa no entre turista e imigrante, uma moradora sempre temporária que não consegue licença que a cidade me aceite.

agora já tá calor, há um pouco de cheiro de praia, porque insistem em lavar a jato bancos de pedra - com toda essa seca pelo mundo. quem nasceu navegador nunca acha que a água há de faltar.


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