de sofrer e amar, a gente não se desfaz.

2.5.15

a vida a conta-gotas

do lirismo que para e vai averiguar no dicionário:
a ausência de acento e presença de hífen.

tudo bem, posso começar.

lista de todas as coisas de que falamos no nosso primeiro encontro:
- morar em lisboa (eu já tendo feito, dando a dica para você ir, se pudesse)
- pão integral
- na verdade signo foi o primeiro assunto (não podia ser diferente)
- eu cismei que você era pisciana
- mesmo vendo o mapa completo depois, nenhum dos 10 planetas e astros ou qualquer dos pontos matemáticos estava na casa 12
- drogas
- insônia
- eu ia pra são paulo em algumas semanas
- sebastião salgado (você não estava gostando muito da exposição)

ontem vi o wim wenders sobre o fotógrafo. o que tem que movimentar um filme sobre fotografia há-de ser montagem. porque, veja, a coisa não pode ficar uma exibição de power point. vejo o wim como um grande colecionador de arte. o que ele fez com a pina é parecido com o que fez com o operador de som no céu de lisboa e é parecido com o que aparece no sal da terra. e ele fica obcecado, vendo os artistas trabalharem. imagino o apartamento dele, branco e luminoso, só com um monitor, em vez de uma televisão, em que a mesa de centro é ocupada por livros de arte pesados. mas ele seria um dos poucos que usam esses livros não só como display, protetor de tela, mas como objeto do olhar demorado, uma vez - depois de novo.

wim wenders, com aquele cabelo, é leonino.

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